"Estamos a iniciar uma cooperação em vários domínios com a Autoridade Palestiniana, que se tem vindo a tornar nosso cliente, sobretudo, de gado vivo, bovino", afirmou à Lusa o governante no final do encontro com Sulfian Sultan, ministro da Agricultura da Palestina.
Capoulas Santos apontou para a qualidade do gado vivo português, que é "muito apreciado" no Médio Oriente, sublinhando que foi o atual executivo que iniciou esta exportação para aquela região.
"Esta aposta trouxe um impacto muito positivo para os agricultores portugueses e queremos ampliar as relações existentes e explorar novas oportunidades ao nível das trocas comerciais com a Palestina", assinalou.
Segundo o ministro, está em curso uma "estratégia de internacionalização" do setor agrícola português, com o objetivo de aumentar as exportações, que já assumem um peso significativo para a economia nacional.
"As exportações de animais vivos já atingiram os 150 milhões de euros e há um ritmo de crescimento superior dos agroalimentos face às outras exportações, de 15% e 12%, respetivamente", destacou.
O plano de ação hoje assinado "especifica e corporiza" o memorando de entendimento assinado em 25 de novembro de 2016 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os lados em Ramallah, na Palestina.
A investigação agrícola, a capacitação dos serviços veterinários palestinianos, a olivicultura, a melhoria do solo e das técnicas de irrigação, a regulamentação sanitária e fitossanitária e as práticas laboratoriais no campo da saúde animal e da qualidade alimentar são os principais vértices deste acordo, que tem como objetivo o reforço do comércio entre Portugal e a Palestina.
Portugal e a Palestina acordaram ainda a criação de um comité agrícola que se reunirá de dois em dois anos, alternadamente nos dois países.
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