“Este centro é único e a ideia deste plano é manter a narrativa inicial, sobretudo assente em três principais atividades. Por um lado, a investigação e informação, por outro lado a museologia tendo como base um arquivo único que foi doado a Portugal através deste centro, e o terceiro pilar, do Centro de Documentação e Arquivo”, assinalou o ministro no lançamento do debate público deste plano, na sede do CCCM, em Lisboa.

A proposta do Plano Estratégico do CCCM, instituição integrada na administração indireta do Estado, sob tutela do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para o período 2020-2030 encontra-se em discussão pública até dia 15 de outubro.

Sobre o lançamento da proposta de plano estratégico, Manuel Heitor sublinhou a importância da iniciativa, que permite que “todos possam discutir” o plano da instituição para o período 2020-2030.

“É um processo de lançamento público para que não haja qualquer dúvida sobre a possibilidade de contribuições, o debate livre e aberto sobre uma ideia de evoluir este centro para a próxima década”, explicou na sua intervenção.

Além de recuperar esta “narrativa inicial”, Manuel Heitor adiantou que o plano proposto projeta o centro “no mundo”, valorizando o “posicionamento que Portugal quer ter como um país aberto”.

“A presença e a relação entre a Europa e a China está em contínua mutação e, certamente, no contexto da crise pandémica que estamos a atravessar, vai ser diferente daquela que era antes”, disse o governante.

Na cerimónia foram também assinados diversos protocolos de cooperação do CCCM com várias instituições, incluindo Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Fundação Jorge Álvares, Câmara do Comércio e Indústria Luso-Chinesa, Associação de Jovens Empresários Portugal-China, Agência Ciência Viva, Agência ERASMUS+, Associação Amigos da Nova Rota da Seda, Instituto Politécnico de Leiria, Universidade de Coimbra e Universidade de Lisboa.

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, estes protocolos são “praticamente simbólicos e importantes” e “todos têm valor”, destacando o firmado com a FCT.

“O protocolo que a FCT aqui assinou (…) é um protocolo que tem um impacto financeiro importante de financiar até 10 bolsas de doutoramento por ano para estudantes de todas as universidades portuguesas trabalharem em colaboração com o centro”, declarou, explicando que está previsto que dois investigadores com doutoramento trabalhem a partir do CCCM.

Ao fim de cinco anos, o valor anual do financiamento deverá alcançar os 850 mil euros, estando previsto um financiamento acumulado ao fim desse período na ordem dos 3,5 milhões de euros.

“Estamos aqui a investir uma quantidade considerável dos recursos públicos que o contribuinte português disponibiliza à FCT para valorizarmos os estudos asiáticos centrados na relação Europa-Ásia e no papel importante que Portugal e Macau têm tido nessa relação”, concluiu o ministro.

A cerimónia de lançamento da discussão pública sobre o Plano Estratégico do CCCM para 2020-2030 contou também com intervenções de vários membros do CCCM, incluindo da presidente, Carmen Amado Mendes, e de vários investigadores associados a instituições de ensino superior, assim como do embaixador da China em Portugal, Cai Run.