Em nome pessoal e do Governo, José Alberto Azeredo Lopes manifestou "profundo pesar pelo falecimento do militar" do Exército português ao serviço da Missão de Treino da União Europeia no Mali, vítima de um ataque terrorista ocorrido no domingo.

Segundo um comunicado, o ministro da Defesa visitou hoje de manhã a família do militar, acompanhado pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, para prestar "os mais profundos sentimentos e solidariedade" numa "hora de dor e sofrimento".

"Este é, infelizmente, mais um dia de luto para o Exército, para as Forças Armadas e para Portugal e o ministro da Defesa Nacional e o Governo reiteram à família do militar falecido as suas mais sinceras e sentidas condolências", refere o comunicado.

Segundo o ramo, está a ser prestado apoio psicológico aos familiares do militar através do Centro de Psicologia Aplicada do Exército.

"Neste momento de luto, profunda dor e sofrimento para a família e para o Exército, o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico José Rovisco Duarte, transmitiu já à família todo o apoio e solidariedade", indicou por seu lado o Exército.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, também apresentou à família "sentidas condolências".

O militar português que morreu no Mali na sequência de um ataque tinha 40 anos, era natural de Valongo e prestava serviço no Comando de Pessoal no Porto, disse à Lusa fonte do Exército.

O Sargento-Ajudante Paiva Benido, casado e com duas filhas menores, integrava o contingente nacional na Missão de Treino da União Europeia no Mali, composto por 10 elementos.

Segundo o EMGFA, o local onde ocorreu o ataque, Hotel Le Campement Kangaba, nas imediações de Bamako, "é reconhecido e autorizado pela Missão de Treino no Mali - ao serviço da qual estava o militar - como `Wellfare Center´ entre os períodos de atividade operacional dos militares que prestam serviço naquele país.

Fonte do Exército explicou à Lusa que em missões em que os militares não podem abandonar os teatros de operações são estabelecidos ou criados locais para repouso, recuperação e descanso para quando não se está em operações ou de serviço.

Uma nota do Exército adianta que o militar morreu "devido a confrontos ocorridos na sequência de um ataque de elementos rebeldes que provocou outras baixas entre elementos de outros contingentes".

Outros militares ficaram feridos, "incluindo um português", que "já se encontra completamente recuperado", refere a mesma nota.