“Não temos o direito moral de parar a guerra enquanto houver reféns em Gaza”, afirmou Yoav Gallant, em Washington, depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter votado a favor de um “cessar-fogo imediato” durante o Ramadão.
Referindo que transmitiria esta mensagem ao conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, o ministro israelita garantiu ainda ações “contra o Hamas em todo o lado”. “Incluindo em locais onde ainda não estivemos”, acrescentou Gallant, sem mencionar o enclave de Rafah, onde mais de um milhão de pessoas estão refugiadas.
O ministro planeia também encontrar-se com o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
O Ministério da Defesa israelita divulgou estas declarações depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado pela primeira vez uma resolução que apela a um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A aprovação, após quatro tentativas falhadas nos últimos meses, foi possível graças à abstenção dos Estados Unidos, uma decisão que já levou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a cancelar a visita a Washington de dois dos seus principais conselheiros.
Os conselheiros deveriam deslocar-se aos EUA a pedido da Casa Branca para ouvir as propostas norte-americanas para alargar a ajuda humanitária a Gaza e alternativas a uma operação terrestre em Rafah, um dos principais pontos de fricção entre Washington e Israel.
Desde o início da guerra, o Conselho apenas conseguiu aprovar duas resoluções e nenhuma delas dizia respeito a um cessar-fogo, mas sim à questão humanitária.
Contudo, os resultados são escassos: a ajuda a Gaza continua a ser largamente insuficiente e a fome está iminente no enclave, num momento em que mais de 32 mil pessoas já morreram no território controlado pelo Hamas desde 2007.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
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