“O relatório que o Exército dá hoje a conhecer publicamente – e que não deve ser confundido com outros procedimentos ainda a decorrer – constitui um contributo da maior relevância para o reforço da qualidade e exigência da formação militar no Curso de Comandos”, refere, em comunicado, o ministro.
Para o ministro, o relatório contribui também para “prevenir a possibilidade de ocorrência de situações anómalas como as que se verificaram no passado mês de setembro”.
“As recomendações propostas pelo grupo multidisciplinar de inspetores, aceites e até reforçadas pelo despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército, convergem no sentido da valorização do nível de preparação dos Comandos no quadro das tropas especiais das Forças Armadas”, acrescenta.
O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) determinou hoje a realização com “caráter de urgência” de uma avaliação do sistema de informação clínica relativa ao curso de Comandos, cujos resultados devem ser apresentados até 20 de janeiro.
O Exército revelou hoje, em comunicado, as conclusões do relatório ao curso de comandos em que morreram dois militares, tendo o CEME decidido ainda a “reavaliação das provas de classificação e seleção para as tropas especiais, cujos resultados lhe deverão ser apresentados até 27 de janeiro de 2017”.
O Exército informa também que “os próximos cursos de Comandos se mantêm cancelados até à conclusão das tarefas agora determinadas”.
Dois militares morreram no treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, no dia 4 de setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.
Na sequência da morte dos dois formandos, foi ordenada uma inspeção técnica extraordinária ao curso de comandos, que decorreu ente setembro e novembro, cujo relatório foi concluído a 5 de dezembro.
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