Shoigu, que visitou uma fábrica militar na região de Omsk (oeste da Sibéria), “estabeleceu o objetivo de continuar a aumentar a produção de tanques”, disse o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O ministro justificou que novos tanques são necessários “para satisfazer as necessidades das forças russas que cumprem as tarefas da operação militar especial” na Ucrânia, segundo o comunicado.
A Rússia designa oficialmente a guerra contra a Ucrânia, que iniciou com a invasão de 24 de fevereiro de 2022, como uma “operação militar especial”.
Shoigu sublinhou ainda a necessidade de melhorar a segurança dos veículos blindados e das respetivas tripulações, disse o exército no comunicado.
As declarações de Shoigu surgem no meio de uma contraofensiva ucraniana destinada a retomar o território sob controlo russo na Ucrânia.
Moscovo continua a insistir que a contraofensiva falhou, enquanto Kiev afirma ter libertado algumas cidades e cerca de cem quilómetros quadrados, principalmente na frente sul.
Os serviços secretos britânicos admitiram hoje que as forças russas tenham ganhado “uma vantagem temporária no sul da Ucrânia, especialmente com helicópteros de ataque que utilizam mísseis de longo alcance contra alvos terrestres”.
Na avaliação diária divulgada pelo Ministério da Defesa britânico, os analistas de Londres referiram que a Rússia reforçou a força de helicópteros no sul da Ucrânia desde o início da contraofensiva ucraniana.
“As imagens mostram que mais de 20 helicópteros russos foram destacados para o aeroporto de Berdyansk, cerca de 100 quilómetros atrás da linha da frente”, acrescentaram.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse na sexta-feira que as forças ucranianas estavam a falhar na contraofensiva, registando “perdas muito pesadas”.
Putin considerou ainda que a Ucrânia não será capaz de lutar “durante muito tempo” por falta de equipamento militar, apesar dos fornecimentos ocidentais.
Analistas militares ocidentais têm dito que Kiev ainda não lançou a maior parte das forças na contraofensiva, segundo a AFP.
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido equipamento militar a Kiev para combater as forças russas.
Os aliados ocidentais também impuseram sanções contra interesses económicos russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
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