“Existe um dito popular que diz que onde a terra tremeu ela voltará a tremer. Quando o chão vibrar, as janelas partirem, quando chão estremecer, tudo aquilo que é basicamente um quadro bem complexo e poderoso, todos temos que saber reagir”, referiu Tiago Brandão Rodrigues aos alunos da Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo.

Em declarações aos jornalistas, Tiago Brandão Rodrigues anunciou a participação de pelo menos “seis mil instituições” nesta iniciativa.

“Não queremos que aconteça, mas se acontecer temos de ter educação para poder prevenir primeiro e depois reagir convenientemente”, defendeu.

Foi pelas 11:05 que a campainha da escola do Montijo tocou e cerca de 1.600 alunos cumpriram os três gestos de autoproteção: baixar, proteger e aguardar.

Os estudantes mostraram como é importante manter a calma nestas circunstâncias e, quando se verificou que era seguro, seguiram o chefe de turma até ao campo desportivo, no exterior da escola.

O exercício designado “A Terra Treme” acontece pelo sexto ano, organizado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE) e a Direção-Geral dos Estabelecimentos escolares.

Quando questionado sobre se as escolas do país, em maior estado de degradação, estão preparadas para um sismo de maior magnitude, Tiago Brandão Rodrigues lembrou que “não há nenhum edifício construído pelo Homem que possa eventualmente resistir a um sismo de enorme intensidade”.

Segundo o governante, o que a Proteção Civil tem tentado fazer é “preparar os edifícios públicos para poderem dar resposta com o que a ciência e a tecnologia permitem”.

O evento contou ainda com a presença do secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, que também explicou que o exercício procura “elevar o patamar preventivo da Proteção Civil a todos os níveis associado ao sismo”, o que é fundamental para “mitigar as consequências”.

“Se um sismo surgir - e ele poderá surgir a qualquer momento e é muito difícil de prever -, nós temos que estar preparados para nos defender. É esse o objetivo da elevação do patamar preventivo da proteção civil, primeiro prevenir, conhecer bem os riscos e as consequências para não sentirmos dificuldade em reagir no momento em que temos que reagir, porque muitas vezes não há tempo de a Proteção Civil chegar aos locais”, mencionou.

Já Matilde, uma aluna da Escola Secundária Jorge Peixinho, disse aos jornalistas que esta iniciativa “devia ser feita todos os anos”, por ser uma forma de os alunos ficarem “preparados para todos os incidentes que aconteçam”.

“Nós somos mais jovens, somos o futuro e acho que é importante estarmos informados para o que se deve fazer caso ocorra um sismo”, indicou.

Por todo o país, os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) da ANPC, em parceria com as comunidades locais, bombeiros, serviços municipais de proteção civil, agentes de proteção civil e escolas, promoveram ações de sensibilização sobre a temática do risco sísmico e as medidas de autoproteção, assim como a realização do exercício.

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