Os verdadeiros palestinianos são os judeus que habitam “a terra de Israel” há dois mil anos, justificou.
“Existem árabes no Médio Oriente que chegaram à terra de Israel ao mesmo tempo que começou o regresso sionista, depois de dois mil anos de exílio. Os árabes da região não queriam. O que fizeram? Inventaram um povo fictício e reclamam direitos fictícios sobre a terra de Israel só para lutarem contra o movimento sionista”, disse o ministro em Paris no domingo à noite.
“Deve-se dizer a verdade sem virar a cabeça perante as mentiras e subversões da História por parte das organizações pró palestinianas e o BDS (Movimento Boycott, Divestment, Sanctions)”, disse Smotrich citado hoje na imprensa israelita.
Bezabel Smotrich, líder do Partido Sionismo Religioso (nacionalista de extrema-direita israelita), afirmou ainda que os verdadeiros palestinianos são as pessoas que habitaram a terra de Israel “há séculos”.
As declarações estão de acordo com as posturas do movimento que defende os representantes dos colonatos que Smotrich defende no novo governo israelita, incluindo as posições de Itamar Ben Gvir, aliado do Executivo, também conhecido pelo discurso anti árabe.
“O meu pai era natural de Jerusalém. A minha avó que nasceu na altura dos pioneiros sionistas em Metula, há 100 anos, é ‘palestiniana'”, disse.
Após uma polémica visita aos Estados Unidos marcada por tentativas de boicote de organizações judias norte-americanas e pela recusa de funcionários da Administração de Joe Biden que não se reuniram com o ministro, Smotrich visitou no domingo a cidade de Paris para uma cerimónia em memória de Jacques Kupfer, judeu do partido Likud e polémico ativista sionista que morreu em 2021.
Na cerimónia, o atual ministro das Finanças declarou que os árabes não têm direitos históricos sobre a “Terra de Israel” – território do Estado, incluindo as zonas ocupadas.
Para o ministro das Finanças os árabes (palestinianos) só chegaram à região para “travar o regresso dos sionistas”.
No início do mês de março, Smotrich disse que os árabes (palestinianos) deveriam desaparecer da região de Huwara, Nablus.
“De acordo com o Direito Internacional, um povo define-se pela História, cultura, língua, moeda e liderança. Quem foi o primeiro rei palestiniano? Qual é a língua palestiniana? Houve alguma vez uma moeda palestiniana? Existe História ou cultura palestinianas?”, declarou na noite de domingo negando a “identidade nacional palestiniana”.
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