“Estamos atentos às preocupações que nos trazem para garantir que tudo decorra com tranquilidade, mostrando a capacidade de acolhimento dos portugueses, mas também a capacidade técnica dos nossos serviços de saúde, caso aconteçam ocorrências que justifiquem a nossa intervenção”, disse o governante.

O responsável pela pasta da Saúde afirmou que há um plano, que será apresentado no início da próxima semana, que teve em conta “os ensinamentos de anteriores Jornadas Mundiais das Juventude realizadas em outros países, mas também de outros eventos de massas que já ocorreram em Portugal”.

“Uma iniciativa desta dimensão, que vai atrair a Lisboa mais de um milhão de pessoas nessa semana, exige atenção e preocupação, mas tenho a expectativa que os meios que mobilizamos vão assegurar que tudo decorra com tranquilidade. Estamos preparados para um eventual aumento de procura [dos serviços hospitalares], mas não temos a expectativa que tal ocorra de forma generalizada”, vincou Manuel Pizarro.

O ministro da Saúde lembrou o baixo perfil etário, e correspondente risco de saúde, da maioria dos participantes das jornadas, mas assegurou que haverá no local um dispositivo preparado para corresponder a qualquer acidente.

“Vamos instalar um conjunto de meios significativos no terreno, entre as quais um hospital de campanha completo, além centenas de profissionais mobilizados, mais de um milhar e meio de voluntários. Por tudo isto, estou com uma tranquilidade vigilante”, completou o governante.

Manuel Pizarro abordou o tema em Vila do Conde, distrito do Porto, à margem de um colóquio sobre o centenário do nascimento de Albino Aroso, médico e o governante, considerado o ‘pai’ do planeamento familiar pelo seu trabalho no SNS, onde liderou um processo de reforma dos cuidados de saúde materno infantis.

Questionado sobre a alegada falta de métodos contracetivos para distribuição gratuita em alguns centros de saúde do país, recentemente noticiada, o ministro garantiu que são “faltas pontuais”.

“A falta de um produto, num dia ou outro, não quer dizer a inexistência. Fazemos uma gestão prudente dos 'stocks', e por vezes pode falhar alguma coisa, mas posso garantir que o SNS continua a cumprir a sua função em matéria de planeamento familiar. Não só no aconselhamento, mas também na distribuição gratuita dos contracetivos, a quem deles necessitar”, assegurou Manuel Pizarro.

O Ministro da Saúde abordou ainda o aumento dos internamentos sociais nos hospitais portugueses, garantido que o governo está a trabalhar “em soluções para contornar o problema”.

“Nem sempre as famílias têm condições para voltar a receber pessoas, sobretudo mais idosas, que estão internadas nos hospitais. Temos procurado soluções no setor social que permitam agilizar essas altas. Temos mais 700 vagas, mas continuam a não ser suficientes porque temos uma grande preocupação com a qualidade desses espaços. Espero que já no próximo inverno possamos dar uma ainda melhor resposta”, concluiu.

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