“Parecem-me absolutamente excessivas as notícias de ontem relativamente ao funcionamento da estação de Alameda a caminho do Web Summit”, na estação do Oriente, disse João Matos Fernandes.

O governante está a ser ouvido numa comissão parlamentar conjunta, das Finanças e do Ambiente, sobre o Orçamento do Estado de 2017.

Questionado sobre a a situação na linha vermelha do Metro de Lisboa nos primeiros dias da conferência internacional sobre tecnologia, que decorre até quinta-feira, o ministro referiu se tratou de 50 mil pessoas, o que é semelhante a alturas de jogo de futebol nos estádios de Alvalade ou da Luz, ambos localizados perto de uma estação.

“Quando um senhor chamado Mark Zukerberg vai fazer uma intervenção às nove e meia no Parque das Nações, é normal que isso arraste dezenas de milhares de pessoas”, defendeu.

Por isso, “sim, entre as 08:20 e 09:20 a estação da Alameda teve um número invulgar de passageiros, como teria e tem quando há jogos de futebol em Alvalade ou Luz”, reforçou João Matos Fernandes.

“Custa-me bastante porque estou a mexer com a vida de pessoas, [com a necessidade de encerrar a estação de Arroios], que não se fez de ânimo leve, mas é a única forma de termos seis carruagens em toda a linha verde e termos maior oferta de transporte”, explicou.

As linhas verde e vermelha encontram-se na estação da Alameda.

O governante referiu ainda que a linha vermelha não permite, por razões de engenharia e de exploração, que a cadência média seja inferior a seis minutos e cinco segundos.

“O que aconteceu ontem [terça-feira] ao longo de todo o dia foi que a cadência média foi de seis minutos e 15 segundos, ou seja, estivemos pertíssimo, com enorme disponibilidade dos trabalhadores de Metro de Lisboa”, disse João Matos Fernandes.

“O que aconteceu foi o que conseguimos”, salientou.

Ainda acerca das obras da estação de Arroios, defendeu que “não há forma de começar a obra antes do próximo verão” já que é necessário seguir os trâmites exigidos pelo lançamento de concurso.

O mesmo é válido, segundo o governante, para as obras necessárias para resolver as infiltrações de Olivais ou de circulação no Colégio Militar.

Recordou que o Metro terá um crescimento do investimento superior a 14 milhões de euros, ou seja, 47%, essencialmente destinados a manutenção.

Na sua intervenção inicial, o ministro explicou que o orçamento do Metro de Lisboa varia pouco em relação a 2016, “o que esconde uma redução de juros de 29 milhões de euros e objetivamente o Metro terá mais 30 milhões de euros para investir em composições e em pessoal”.

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