"Não há nenhuma proposta da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), nem de radar nenhum. Não há sequer um estudo de impacto ambiental. E, portanto, só quando o estudo de impacto ambiental chegar é que o Ministério do Ambiente se pode pronunciar e fazer um conjunto de propostas de minimização de impactos, se for o caso", afirmou.

Em declarações à margem de uma conferência sobre Justiça Ambiental, no Porto, João Matos Fernandes, sublinhou que "o Ministério do Ambiente aguarda que o promotor do projeto entregue o estudo de impacto ambiental na Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para ser avaliado como qualquer outro projeto".

Em causa a notícia avançada pela TSF que dá conta que a grande população de aves na zona do novo aeroporto do Montijo poderia obrigar à instalação de um radar para sinalizar a presença das aves e que levou os pilotos a recomendar a reavaliação do projeto.

A Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea teme que, a presença de um elevado número de espécies de aves, nas imediações do local, possa implicar o fecho do novo aeroporto com muita frequência, avança a TSF.

Segundo a mesma fonte, o primeiro estudo de impacto ambiental feito pela Ana-Aeroportos está a ser reformulado por ordem da APA, nomeadamente por falhas na análise da população de aves nas imediações, pedindo que o futuro aeroporto tenha um radar que monitorize, em tempo real, a movimentação das aves detetadas no local, algumas delas espécies protegidas da Reserva Natural do Estuário do Tejo.