“Estes projetos irão preparar o território, as populações e as povoações para poder, de facto, reagir muito melhor àquilo que são os efeitos das cheias. Mas, mais do que isso, são um conjunto de projetos que preparam o território, todo ele, para ser mais resiliente (…) ao fogo”, afirmou João Pedro Matos Fernandes.

O ministro presidiu esta tarde, em Chaves, à apresentação pública dos projetos de combate às cheias e inundações para a Região Norte.

O governante aproveitou para realçar que, em todo o país, estão a ser investidos 81,2 milhões de euros, em conjunto com os municípios.

“Entre obras já concluídas, obras a serem começadas, obras em curso, estamos a intervir em 1.787 quilómetros de rios e ribeiras país fora. São seis vezes fazer a viagem de Lisboa ao Porto”, sustentou.

Este é, sublinhou, um investimento “sem precedentes” e lembrou que, antes do PS chegar ao Governo, o “POSEUR tinha previstos zero euros” para estas intervenções.

Matos Fernandes especificou que o investimento em curso corresponde a 64 milhões do POSEUR e 17,2 milhões de euros do Fundo Ambiental, que, neste caso, visam a recuperação das zonas onde houve incêndios no ano passado.

São cerca de 90 intervenções “país fora”, de diferentes dimensões e custos que, segundo o ministro, deverão estar concluídos dentro de dois anos e que visam atenuar os efeitos das cheias e também recuperar linhas de água afetadas pelos incêndios e ainda tornar o território mais resiliente aos fogos.

Relativamente aos projetos de combate às cheias e inundações para a região Norte, hoje apresentados, correspondem a um total de 16 milhões de euros e serão aplicados em municípios como Chaves, Peso da Régua, Vila Nova de Gaia, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Amarante e Porto.

O projeto para Chaves e Régua corresponde a um investimento 3,7 milhões de euros e visa a regularização fluvial nestes dois municípios, que são dos mais afetados por cheias provocadas pela subida dos caudais do Tâmega e Douro.

Os objetivos são “garantir a proteção e salvaguarda de pessoas”, “minimizar ou evitar a perda da galeria ripícola, importante na estabilização das margens”, “salvaguardar a perda de infraestruturas e bens na envolvente das margens fluviais” e “evitar a erosão fluvial do leito das margens e a consequente perda de terrenos ribeirinhos, nomeadamente terrenos com aptidão agrícola”.

A cidade de Chaves é afetada periodicamente por cheias provocadas pela subida do nível da água do rio Tâmega, tendo-se verificado, desde a década de 60 do século passado, 11 eventos de cheia, com uma periodicidade de cerca de quatro anos, que provocaram danos significativos.

Nesta zona, a operação visa a criação de uma bacia de retenção a montante da cidade de Chaves, com vista à minoração da frequência e intensidade das cheias na área urbana.

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, destacou a importância do projeto para “minimizar os efeitos decorrentes das cheias que ciclicamente atingem a zona urbana”.

"É um grande projeto porque tem uma grande importância económica, minimizando os efeitos naquilo que são os efeitos negativos das cheias, mas ao mesmo tempo tem uma visão ambiental de contenção das margens e de valorização de todo este rio”, frisou o autarca.

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