“Baixou em cerca de 6.500 o número de emigrantes permanentes - os portugueses que saíram de Portugal por mais de um ano - e também se reduziu em cerca de 9.600 o número de emigrantes temporários”, disse Augusto Santos Silva à agência Lusa.
Por outro lado, aumentou o número de estrangeiros que entram no país.
Santos Silva frisou que estes números ajudam a atenuar a quebra verificada na população, em termos gerais, e demonstram que a economia portuguesa tem hoje mais condições para criar investimento e postos de trabalho.
“Estes factos são bastante positivos porque há vários anos, desde 2010, que Portugal não registava um saldo migratório positivo”, sublinhou, acrescentando que a emigração tem sobretudo uma causalidade económica.
“O facto de menos portugueses emigrarem significa que encontram aqui mais oportunidades de emprego e remuneração, o que aliás bate certo com o facto de estar a reduzir-se muito a taxa de desemprego em Portugal e estar a aumentar a criação de investimento e postos de trabalho e o facto de haver mais imigrantes significa também que o desenvolvimento económico do país está a criar oportunidades para mão-de-obra estrangeira”, declarou.
Os dois factos são positivos, defendeu, porque ambos “significam que a economia está a crescer”.
“Com mais portugueses que deixam de ter de emigrar e com mais atração de trabalhadores estrangeiros para trabalharem em Portugal, isto significa que as nossas condições para criar riqueza melhoram”, sustentou.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje as estimativas da população 2017, segundo as quais Portugal continuou a perder população no ano passado, embora a um ritmo inferior a anos anteriores, facto atribuído ao saldo migratório positivo.
O número de imigrantes superou em 4.886 o de pessoas que emigraram.
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