Szijjarto participou num fórum de tecnologia nuclear em Sochi, junto ao Mar Negro, com vista a avançar na construção de dois novos reatores na central nuclear de Paks, a única que a Hungria tem.

O gigante russo Rosatom será responsável pela expansão destas instalações, seguindo um acordo assinado em 2014.

“Espero sinceramente que nenhum país europeu impeça este investimento”, disse Szijjarto, que insistiu que a energia “é uma questão de segurança nacional, mesmo de soberania”, de acordo com declarações divulgadas pelo seu departamento.

O ministro húngaro tinha já advertido que impedirá a aprovação de sanções da União Europeia à Rússia relacionadas com energia nuclear, porque afetariam a ampliação da sua única central atómica, em curso com ajuda de Moscovo.

“A ampliação da central nuclear de Paks corresponde aos nossos interesses estratégicos e de segurança nacional. Até agora, conseguimos evitar que Bruxelas imponha sanções ao nosso desenvolvimento nuclear e também o faremos no futuro”, garantiu Péter Szijjártó, num comunicado a 10 de novembro.

O chefe da diplomacia húngara viajou para Moscovo em outubro para participar também num evento sobre política energética e foi o único ministro dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) a reunir-se, em setembro, com o chefe da diplomacia russo, Serguei Lavrov, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

A UE aprovou vários pacotes de sanções contra a Rússia desde que começou, a 24 de fevereiro, a invasão da Ucrânia por tropas de Moscovo, algumas no setor energético, mas a Hungria conseguiu ficar isenta da aplicação de algumas dessas sanções, como no caso do petróleo, por ser altamente dependente das importações de energia russa.