O governante afirmou, em conferência de imprensa, que a investigação ao acidente “requer uma análise minuciosa e um tempo considerável para reunir conclusões concretas”.
Dagmawit Moges revelou também que será demorada a identificação dos restos mortais das 157 vítimas do acidente.
As análises de ADN às vítimas da queda do avião, a cerca de 60 quilómetros de Abis Abeba, vão prolongar-se por “aproximadamente cinco a seis meses”.
Num documento da Ethiopian Airlines enviado às famílias das vítimas, a que a agência France Presse teve acesso, indicou que os objetos pessoais recolhidos no local do acidente serão entregues às familias dentro de “aproximadamente dois meses” e que as certidões de óbito serão emitidas até final deste mês.
Em França, a agência BEA iniciou hoje as análises às caixas negras do aparelho da Ethiopian Airlines, com a audição dos registos de voz dos pilotos.
As caixas negras foram enviadas para França pelo facto de BEA ter uma vasta experiência na análise daqueles dispositivos.
Especialistas do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos e da fabricante de aviões Boeing estão entre os envolvidos na investigação ao acidente, que provocou a morte dos 149 passageiros e de oito tripulantes que seguiam a bordo.
As vítimas são de 35 nacionalidades e, pelo menos 19, eram funcionários das Nações Unidas, alguns dos quais iam participar numa cimeira dedicada ao ambiente, em Nairobi.
Portugal, Brasil e Guiné Equatorial estão entre os 58 países que interditaram o seu espaço aéreo ou viram companhias nacionais suspender temporariamente a utilização de aeronaves Boeing 737 Max, depois da queda do aparelho da Ethiopian Airlines, no domingo.
As ações da Boeing caíram na segunda-feira 5,33% na bolsa de valores de Wall Street, fazendo com que a sua capitalização no mercado tenha reduzido em quase 13 mil milhões de dólares. Os títulos do fabricante norte-americano caíram hoje 2% na abertura da bolsa de valores.
Na segunda-feira, a Boeing indicou que irá atualizar o ‘software’ de controlo de voo da aeronave 737 MAX para “torná-lo ainda mais seguro” antes de abril, data limite que a Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA, em inglês) impôs.
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