A explosão no local de uma instalação de secagem de cereais perto de uma escola, a cerca de seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia, ocorreu quando a Rússia realizava ataques massivos contra infraestruturas civis ucranianas, em todo o território da Ucrânia.
“A investigação levada a cabo pelos procuradores polacos levou à conclusão inequívoca de que este míssil era ucraniano”, declarou hoje Zbigniew Ziobro, que também ocupa o cargo de procurador-geral polaco.
“Considerando de onde foi disparado e por que unidade militar, tratava-se de um míssil ucraniano”, esclareceu, ao indicar que se tratava de um projétil “de fabrico soviético”.
Ziobro lamentou ao mesmo tempo que “durante meses não tenha cooperado neste assunto” com Kiev.
A queda do míssil sobre a aldeia polaca suscitou na altura receios de que a NATO fosse arrastada para o conflito e uma grande escalada na guerra na Ucrânia, uma vez que a Polónia está protegida por um compromisso de defesa coleti1va da NATO.
Após um período de dúvidas sobre a origem e os riscos da escalada, Varsóvia acabou na altura por considerar “altamente provável” que se tenha tratado de um “lamentável acidente” devido a um projétil ucraniano.
Ziobro não mencionou nenhum responsável pelo incidente.
O partido polaco de extrema-direita Konfederacja, antieuropeu e antiucraniano, exigiu o pagamento de “compensações” por parte de Kiev, duas semanas antes das eleições legislativas na Polónia onde este grupo pode contar com o apoio de cerca de 10% de eleitores.
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