Guterres disse que todas as partes estão a cometer violações do direito internacional humanitário.

“Que vergonha, António Guterres! Mais de 30 menores — incluindo um bebé de nove meses, bem como crianças que testemunharam o assassinato, a sangue frio, dos seus pais -, estão detidos contra a sua vontade na Faixa de Gaza”, afirmou Cohen, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

O governante vincou que o Hamas “é o problema em Gaza” e não as ações de Israel para “eliminar esta organização terrorista”.

Também hoje, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, voltou a defender que Guterres não reúne condições para manter-se como secretário-geral da organização.

“Passaram mais de 30 dias desde que crianças do Sul de Israel foram intencionalmente abatidas pelos terroristas do Hamas, mas tu não disseste nada sobre o ‘cemitério de crianças’ que o Sul de Israel se tornou”, criticou.

Durante o seu discurso, Guterres referiu que enquanto o exército israelita “continua a bombardear e a espancar civis, hospitais, campos de refugiados, mesquitas, igrejas e edifícios da ONU”, o Hamas “usa civis como escudos humanos”.

Para Guterres, o caminho a seguir é “um cessar-fogo humanitário”.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 10.022 palestinianos foram mortos e mais de 25.400 ficaram feridos desde o início da guerra.

Entre as vítimas estão 4.104 crianças e 2.641 mulheres.