"A reação é de regozijo porque isso permite que, a partir de segunda-feira, inicie funções uma nova Comissão Europeia e é muito importante que a continuidade do trabalho nas instâncias europeias seja salvaguardada", disse Santos Silva.

O chefe da diplomacia portuguesa falava hoje, em Lisboa, durante uma conferência de imprensa conjunta com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Elsa Pinto.

"A presidente da Comissão e todo o Conselho de comissários sabem que contam sempre com a participação empenhada e ativa de Portugal em favor da construção europeia. O primeiro-ministro, António Costa, teve um jantar de trabalho, na segunda-feira, com a presidente Ursula Von der Leyen e sabemos todos quão convergentes são a agenda da nova Comissão e a agenda de Portugal", acrescentou.

O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, o colégio da nova Comissão Europeia liderado por Ursula Von der Leyen, que iniciará assim funções no próximo domingo, 1 de dezembro.

O novo executivo comunitário, no qual a comissária designada por Portugal, Elisa Ferreira, será responsável pela pasta da Coesão e Reformas, foi aprovado pelos eurodeputados com 461 votos a favor, 157 contra e 89 abstenções, num total de 707 votos expressos.

A Comissão Von der Leyen, que sucede à Comissão Juncker, iniciará assim no primeiro dia de dezembro um mandato de cinco anos, com um mês de atraso relativamente à data inicialmente prevista, que se deveu à rejeição de três comissários (de França, Hungria e Roménia) pela assembleia, no quadro do processo de audições aos comissários designados.

Esta é a primeira Comissão Europeia liderada por uma mulher, tendo Von der Leyen quase assegurado a paridade de género que pretendia para o executivo, que é assim constituído por 12 comissárias do sexo feminino e 15 comissários do sexo masculino.

O colégio da Comissão é constituído, pelo menos para já, por 26 comissários, além da presidente Von der Leyen, já que o Reino Unido, apesar de ainda pertencer à União Europeia, face à nova extensão do ‘Brexit’, rejeitou designar um comissário antes das eleições gerais agendadas para 12 de dezembro.

Entre os partidos portugueses representados na assembleia europeia, PS, PSD e CDS votaram favoravelmente o colégio da nova Comissão, enquanto Bloco de Esquerda e PCP votaram contra e o PAN absteve-se.