O total acumulado subiu hoje para 583 casos, três mortes e 151 recuperados, referiu, na atualização diária de informação acerca da pandemia em Moçambique.

A terceira vítima mortal registada em Moçambique era um homem de 84 anos que tinha sido atendido nos serviços de saúde de Nampula a 06 de junho com sintomas de infeção respiratória, além de outros problemas de saúde, como diabetes e hipertensão.

Uma amostra foi recolhida no próprio dia e depois enviada para Maputo, sendo o caso reportado a 10 de junho, e o falecimento aconteceu hoje durante o isolamento domiciliário da vítima – que permanecia em casa por aparentar uma evolução positiva, disse Ilesh Jani.

Segundo aquele responsável, o país tem 428 casos ativos, dos quais apenas três estão internados, permanecendo os restantes em isolamento domiciliar.

As províncias nortenhas de Nampula (177 casos) e Cabo Delgado (101 casos) têm 65% das infeções pelo novo coronavírus de todo o país.

O diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde realçou que Moçambique está entre os 10 países do mundo com mais rápida propagação de covid-19: são necessários 11 dias para o número de casos duplicar, enquanto que no mundo a duplicação acontece a cada 36 dias.

Segundo Ilesh Jani, é necessário que toda a sociedade cumpra as normas decretadas pelo Governo para a prevenção da pandemia, caso contrário o relaxamento poderá significar um maior avanço da doença.

Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril, prorrogado por duas vezes até 29 de junho.

Estão em vigor várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos essenciais para tratar.

Metade dos casos em Moçambique são assintomáticos, 42% tem sinais leves e 8% regista sintomas moderados, sem registo de sintomas graves, concluiu.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 430 mil mortos e infetou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 6.244 mortos confirmados e mais de 232 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (1.664 casos e 32 mortos), seguida da Guiné-Bissau (1.460 casos e 15 mortos), Cabo Verde (750 casos e seis mortos), São Tomé e Príncipe (659 casos e 12 mortos), Moçambique (583 casos e três mortos) e Angola (138 infetados e seis mortos).