O porta-voz do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Maputo, Leonel Muchina, confirmou o rapto ao diário O país.
Leonel Muchina avançou que as autoridades estão no terreno a investigar o caso.
“Associamo-nos ao Serviço Nacional de Investigação Criminal e trabalhos subsequentes estão agora a decorrer”, adiantou Leonel Muchina, sem entrar em pormenores sobre a ocorrência.
A vítima foi interpelada por um homem armado, quando se dirigia a uma barbearia que funciona num edifício de escritórios e habitações do centro de Maputo, após descer da viatura que era conduzida por uma outra pessoa.
O homem obrigou o empresário a entrar num carro em que estavam três pessoas armadas.
“Veio uma viatura em direção à Avenida Salvador Allende e nela estavam quatro ocupantes e um deles saiu da viatura e obrigou o senhor a entrar no carro. O motorista do senhor raptado tentou resistir, mas os criminosos ameaçaram disparar”, disse uma testemunha ao País.
O jornal adianta que o empresário é Ismael Harron e está ligado ao grupo Uzeir Trade Center, com sede na cidade Beira, capital da província de Sofala, centro de Moçambique.
A Lusa não conseguiu obter uma reação da polícia à notícia sobre o acontecimento.
O rapto ocorre menos de uma semana após o rapto, na cidade da Matola, da portuguesa Jéssica Pequeno, entretanto libertada na quinta-feira
Jéssica Pequeno, 27 anos, foi raptada na segunda-feira e libertada pelos sequestradores na noite de quinta-feira, disse à Lusa fonte próxima da família.
Contactada pela Lusa, fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) remeteu esclarecimentos sobre o caso para mais tarde.
A vítima é filha de um casal proprietário do restaurante Burako da Velha, negócio familiar dos portugueses Dina Pequeno e Alberto Beto – onde também trabalham Jessica e o marido, Marco, pasteleiro chefe.
Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram um total de 10 raptos, cujas vítimas são empresários ou seus familiares.
Em outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.
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