“Amanhã [domingo] partem para a Beira, dez peritos […] organizados em duas equipas de intervenção no terreno, para apoiar as autoridades moçambicanas no restabelecimento do fornecimento de água às populações das zonas afetadas” pelo ciclone Idai, indicou, numa nota enviada à Lusa, o Grupo Águas de Portugal.

O grupo referiu ainda que “o fornecimento de água de qualidade às populações é essencial” para minimizar os riscos de epidemias como a cólera e a malária.

“As equipas do Grupo Águas de Portugal vão para o terreno com a missão de colocar em funcionamento uma instalação de tratamento de água […] que vai servir 300 famílias alojadas numa área sem água tratada, com riscos elevados de proliferação de doenças com origem hídrica”, lê-se no documento.

Por outro lado, os peritos vão avaliar “as necessidades de reconstrução do sistema central de abastecimento de água à Beira e identificar as intervenções prioritárias, de curto e médio prazos”.

Subiu para 501 o número de mortos provocados pelo desastre natural de 14 de março em Moçambique, anunciaram as autoridades moçambicanas.

O número de feridos manteve-se em 1.523, mas o total de pessoas afetadas subiu para 843.723.

O total de desalojados em centros de acolhimento mantém-se em 140.784, assim como o número de famílias beneficiárias de assistência humanitária: 29.098.

O número de casas totalmente destruídas ascende a 56.095 (com outras 28.129 parcialmente danificadas), sendo que a maioria são habitações de construção precária.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.

Além de ter provocado pelo menos 816 mortos no total, a passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.

A região enfrenta agora o perigo de fome e epidemias, com 271 casos de cólera já registados na cidade da Beira.

A ONU inicia na quarta-feira um programa de vacinação oral contra a cólera, de 900 mil unidades.

A agência da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) calcula que sejam necessários 19 milhões de dólares (16,9 milhões de euros) durante os próximos três meses para ajudar os mais afetados pelo ciclone em Moçambique.

Os números da FAO apontam para que cerca de 400 mil hectares de cultivo tenham sido afetados, essencialmente de milho e sorgo, nas províncias centrais de Manica e Sofala, poucos meses antes do período de colheitas.

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