“A Moldelectrica relata interrupções no sistema elétrico. Existe a possibilidade de desconexões”, disse a empresa na sua página oficial no Facebook.
Registaram-se hoje explosões em várias regiões ucranianas, incluindo Odessa, Zaporijia, Vinnytsia, Cherkassi e Kiev, após o que Ukrenergo, a operadora do sistema de transmissão de eletricidade da Ucrânia, disse que o país está a sofrer o oitavo ataque maciço russo às suas infraestruturas energéticas.
A operadora explicou que o bombardeamento levou a cortes de emergência no sistema elétrico do país.
A 23 de novembro, a Moldova sofreu ‘apagões’ em grande escala, inclusive na capital Chisinau, na sequência de ataques russos ao sistema energético ucraniano, ao qual está ligada.
O país já havia registado perturbações no fornecimento elétrico a 15 de novembro, quando a Rússia levou a cabo o maior ataque à rede ucraniana desde o início da ofensiva, em fevereiro.
Também hoje, perto da cidade moldava de Briceni, perto da fronteira com a Ucrânia, foi descoberto um míssil não detonado, relatou o Ministério da Administração Interna da Moldova.
O projétil foi descoberto por uma patrulha da polícia de fronteira, que, devido aos bombardeamentos russos hoje, intensificou seu nível de alerta.
De acordo com os planos de ação do Ministério da Administração Interna (MAI) de Chisinau, a Polícia de Fronteira intensificou as patrulhas e elevou o nível de alerta na área de Briceni e Ocnita, no norte da Moldova.
A área onde o míssil foi descoberto foi isolada pela polícia e patrulhas de fronteira e os serviços especializados do Ministério do Interior, Bombteh e IGSU, irão inspecionar o local.
Vários moradores do distrito de Briceni também confirmaram à agência Stiri.md que ouviram duas explosões.
A 31 de outubro, os restos de um míssil, que tinha como alvo a barragem de Novodnestrovsk, na Ucrânia, e que foi abatido pelo sistema de defesa aérea do país vizinho, caiu perto da cidade fronteiriça de Naslavcea, na Moldova. Nenhuma vítima foi registada, mas as janelas e telhados de várias casas foram danificados.
No início de 10 de Outubro, três mísseis russos sobrevoaram o território moldavo durante um ataque à vizinha Ucrânia.
“Uma nova onda de ataques com mísseis está a ocorrer na Ucrânia, o que também tem consequências diretas para o nosso país”, reagiu a primeira-ministra da Moldova, Natalia Gravilita.
“Tanto eu quanto os meus colegas estamos a fazer todos os esforços para manter a situação sob controlo e não permitir riscos para a população”, observou Natalia Gavrili?a.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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