O chefe de Estado britânico vai visitar Paris e Bordéus, embora os pormenores finais da deslocação sejam anunciados posteriormente, de acordo com um comunicado do Palácio de Buckingham, residência da família real.
A visita, a 35ª viagem oficial de Carlos, que fala francês, e a nona da esposa a França, celebrará “a história, a cultura e os valores comuns do Reino Unido e da França”, acrescentou.
Carlos III, que subiu ao trono no ano passado após a morte da sua mãe, a Rainha Isabel II, teve de adiar a viagem a França agendada para março, que teria sido a sua primeira visita de Estado como monarca, devido aos protestos na rua contra o aumento da idade da reforma em França de 62 para 64 anos.
“Esta visita é uma honra para a França, numa altura em que o nosso país acolhe também o Campeonato do Mundo de Râguebi. Ela testemunhará a profundidade dos laços históricos que unem os nossos dois países e os nossos dois povos”, referiu o Palácio do Eliseu num comunicado.
A presidência francesa vincou que esta “será uma oportunidade para desenvolver o seu compromisso comum na conservação da natureza, um tema em que têm cooperado estreitamente nos últimos anos”.
Para além dos nomes das cidades, as duas partes não deram pormenores sobre a visita, mas o programa da viagem abortada incluía uma cerimónia de recordação no Arco do Triunfo com Emmanuel Macron e um discurso do Rei no Senado, perante os deputados e senadores.
Um banquete de Estado em honra do casal real estava previsto no Castelo de Versalhes, e Carlos III, 74 anos, pretendia depois viajar até Bordéus para uma visita centrada no ambiente, uma paixão com mais de 50 anos.
Enquanto príncipe herdeiro, Carlos fez 34 visitas oficiais a França desde a década de 1970, de Nice a Roscoff, na Bretanha, passando pela Normandia, Paris e Lyon.
Foi convidado pelo Presidente Macron após a morte de Isabel II, uma rainha francófila e francófona, que efetuou cinco visitas de Estado a França durante o reinado de 70 anos.
Desde a sua subida ao trono, Carlos fez poucas viagens ao estrangeiro. Para além de uma visita de Estado à Alemanha, em junho, fez uma visita privada à Roménia, onde tem uma propriedade, sem a mulher Camilla, de 76 anos.
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