À entrada para o 37.º Congresso Nacional do PSD, que decorre entre hoje e domingo em Lisboa, e questionado se espera que ainda apareça uma lista alternativa à de Fernando Negrão, Luís Montenegro respondeu negativamente.
“Não gostava de ver essa divisão no grupo parlamentar e não creio que vá acontecer”, afirmou.
Admitindo que teria preferido que Hugo Soares completasse o mandato para o qual foi eleito, Montenegro disse ter acompanhado a mudança na bancada “com muita naturalidade”.
“Há um candidato que está apresentado, que eu conheço bem, respeito muito e tem todas as condições para ser um bom líder parlamentar”, afirmou, desejando que o ex-ministro possa constituir “uma equipa forte” e “personificar a afirmação da mensagem política do PSD a partir do parlamento”.
Sobre o que espera da reunião que hoje arranca, o ex-líder parlamentar salientou que “o país precisa de um PSD fortalecido, que tenha terceira vitória consecutiva nas legislativas”.
“Está à vista de todos que o PSD tem uma capacidade reformista superior à do atual governo e isso traz frutos”, disse.
Questionado se Rui Rio tem de ambicionar vencer eleições, respondeu: “Mal era que o PSD não tivesse sempre na sua fasquia eleitoral a vitória, nós queremos só ganhar, queremos ganhar por mais do que em 2015 (…) Precisamos de construir uma maioria parlamentar, sozinhos ou com o nosso parceiro preferencial, o CDS”.
“O dr. Rui Rio, como todos os líderes do PSD, irá trabalhar com esse objetivo, não pode ser de outra maneira, nós formos criados para transformar o país”, defendeu.
Apesar de não estar disponível para integrar os órgãos dirigentes, Montenegro disse querer dar “contributos positivos e significativos” ao novo líder.
“Vou tentar dar amanhã [sábado] a minha opinião sobre a atual situação política do país, sobre as insuficiências que são muitas da atual governação, e deixar alguns caminhos que o PSD pode percorrer para voltar a ganhar a confiança do povo português”, antecipou sobre a sua intervenção que fará no congresso.
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