“Já viram que a oposição está a achar mal tudo? Já viram que a oposição está de mau humor, que os nossos adversários aparecem sempre com azedume, com um espírito crítico, negativo?”, questionou, durante um jantar-comício da candidatura da AD às eleições europeias, em Pombal, distrito de Leiria.
Luís Montenegro, que hoje se juntou pela terceira vez à campanha da AD, garantiu que o Governo respeita as ideias de todos, mas avisou: “Não trocamos os interesses de Portugal e dos portugueses para ser simpáticos com a oposição.”
Referindo-se ao plano de ação para as migrações apresentado na segunda-feira pelo Governo, o primeiro-ministro reiterou que teve como objetivo ter “uma imigração regulada, que não fecha as portas a quem quer vir trabalhar para Portugal”.
“Nós precisamos dessa ajuda e estamos aqui para dignificar a vida das pessoas que, vindas do estrangeiro, querem aqui trabalhar e viver. Não queremos fechar a porta, mas não queremos entregar essas pessoas a redes de tráfico que não trazem dignidade, respeito, que trazem aproveitamento, uma visão que é criminosa da imigração”, justificou.
Segundo o líder do PSD, o Governo não está “do lado nem de facilitar, nem de obstruir”.
“Nós estamos no lado da moderação. E o que é que acha a oposição? Acha mal”, lamentou, acrescentando que a oposição também não concordou com a descida dos impostos para a classe média, a subida do Complemento Solidário para Idosos e as medidas para a juventude portuguesa.
O primeiro-ministro garantiu que, em todas estas áreas, o Governo dialogou com os partidos da oposição.
“Não vale a pena eles virem queixar-se da falta de diálogo. O que falta não é diálogo, o que falta é vontade à oposição de estar ao lado dos portugueses mesmo que isso signifique estar ao lado do governo”, realçou.
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