No meio da pandemia do novo coronavírus — Montenegro registou até hoje cerca de 4.500 casos e quase 90 mortes -, as assembleias de voto vão garantir medidas de segurança sanitária excecionais, apesar de o país estar a viver um aumento do número de infetados, embora ainda incipiente se comparado com outros países.

Politicamente, os montenegrinos queixam-se de uma corrupção endémica e de instituições frágeis e fracas, o que tem sido exaustivamente explorado pela imprensa e pelo eleitorado pró-sérvio.

Quarta-feira, o chefe de Estado montenegrino, Milo Djukanovic, eleito nas presidenciais de 15 de abril de 2018 como candidato apoiado pelos partidos dos Socialistas Democráticos (PSD) e Liberal (PL), bem como por outras pequenas forças partidárias, sublinhou que a votação é “crucial” para a preservação da independência na pequena nação dos Balcãs.

Desta forma, Djukanovic, pró-Ocidente, aludiu às frequentes tentativas sérvias e russas para trazer os nacionalistas e os anti-ocidentais para o poder.

Nas eleições, o partido no poder enfrenta um grupo pró-sérvio e uma outra aliança da oposição que acusou Djukanovic e o Governo de ter disseminado a corrupção durante os 30 anos à frente dos destinos do país.

Sondagens locais sugerem que o PSD vai obter a maioria dos votos, mas não os necessários para governar sozinho.

Djukanovic liderou a independência do país diante da Sérvia, em junho de 2006, bem como levou o Estado a aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em junho de 2017, apesar da forte oposição da Rússia, que considera Montenegro como um tradicional aliado eslavo.

Também quarta-feira, a polícia montenegrina indicou dispor de informações relacionadas com “certos grupos” que estão a planear “ações de rua” no dia da votação, prologando-as por depois do encerramento das urnas, mas avisou que “qualquer comportamento desviante” terá de “lidar com as consequências”.

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