“Desejo que o Conselho de Ministros cumpra a sua tarefa, que é apresentar as suas ideias, mas nós no PSD não vamos esperar, antes mesmo do dia 16, no dia 14, apresentaremos um pacote de medidas muito concreto”, adiantou Luís Montenegro.
O líder do PSD disse esperar que em torno dos objetivos que o partido irá defender “possa gerar-se o consenso necessário para que estes investimentos não fiquem mais adiados”.
“Lamento profundamente que cheguemos ao dia de hoje e as oportunidades de financiamento, nomeadamente abertas pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], também na habitação, estejam tão atrasadas, tão adiadas, como infelizmente é a marca dos dias de hoje”, afirmou.
À margem da visita à 44.ª Feira do Queijo Serra da Estrela, em Celorico da Beira, Guarda, o líder do PSD desejou ainda que o Governo “passe das palavras aos atos” no que diz respeito às medidas para o setor da habitação.
“Nós, desde há muitos anos que vimos assistindo à apresentação de ideias, de objetivos, até de uma estratégia nacional para a habitação, mas as coisas não estão a chegar ao terreno”, acusou.
Luís Montenegro apontou que “há falta de oferta no mercado de habitação, quer para aquisição, quer para arrendamento, os preços estão incomportáveis um pouco por todo o país, não é só nas áreas mais urbanas e mais no litoral”.
O dirigente social-democrata, que passou a semana no distrito da Guarda, na iniciativa “Sentir Portugal”, afirmou que foi, “muitas vezes, confrontado por pessoas que se queixaram dos custos para o alojamento”.
“Essa estratégia é também fundamental para o nosso futuro. Não é possível retermos os nossos talentos, os nossos jovens, em Portugal, não é possível termos políticas de acolhimento de imigrantes, de mão de obra estrangeira como hoje precisamos se não tivermos habitações condignas para lhes proporcionar”, defendeu.
Luís Montenegro abordou ainda a questão da companhia aérea portuguesa, começando por manifestar a esperança de que “a Assembleia da República cumpra a sua tarefa de escrutínio e fiscalização” de modo a “apurar aquilo que aconteceu na TAP nos últimos anos” e afirmou que o PSD tem “disponibilidade” para esclarecimentos.
“E saber, nomeadamente, quais são as consequências daquilo que foi uma decisão incompreensível, para não dizer absurda, do doutor António Costa e do Governo do PS em renacionalizar uma empresa que estava privatizada na maioria do seu capital”, acrescentou.
Montenegro disse ainda esperar que “o Governo possa levar a bom porto o processo de privatização, pedindo desculpas aos portugueses por aquilo que foi o rombo nos cofres dos contribuintes que significaram os 3,2 ME que por responsabilidade direta e objetiva do PS (…) e de todos aqueles que intervieram neste processo, que foi um desastre” e “um crime político e financeiro para Portugal”.
Naquele que foi o último dia no distrito da Guarda, no âmbito do programa do PSD “Somos Portugal, Luís Montenegro, em jeito de balanço, disse que “o país tem futuro” mas “é preciso ter esperança e acreditar em todas as regiões do país”.
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