Discursando no 40.º Congresso Nacional do PSD, que decorre até domingo no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, Moreira da Silva revelou ter sido desafiado por Luís Montenegro “para várias funções no últimos dias”.
“Apesar deste gesto de simpatia e de generosidade, eu entendi que no melhor interesse do partido, era preferível não integrar as listas porque eu gosto de coisas claras e essa integração não daria um bom contributo ao partido e colocaria em dúvida a integridade dos projetos e das ideias”, justificou.
O antigo ministro do Ambiente disse ter decidido “contribuir para a unidade e para a estabilidade” do PSD como “militante de base” e revelou que não encabeçará “qualquer lista própria ao Conselho Nacional”, nem patrocinará listas de apoiantes.
“Eu não sou líder de fação e quem me apoiou não será oposição”, salientou.
“Com a responsabilidade acrescida de ter sido candidato derrotado, de uma forma expressiva, à liderança do partido, quero assegurar ao Luís Montenegro que da minha parte e, estou certo, da parte de todos aqueles que me apoiaram e a quem quero agradecer de forma muito sensibilizada, todas as condições de unidade e de estabilidade que são essenciais para o cumprimento do seu mandato com os resultados eleitorais que todos queremos alcançar”, salientou.
Moreira da Silva alertou contudo que “a unidade não pode significar unanimismo, pensamento único, cinismo ou terraplenagem das diferenças programáticas”.
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