Mohammed Al-Dahdouh, 19 anos, da cidade de Gaza, foi ferido em 15 de dezembro durante uma manifestação na fronteira com Israel, disse Ashraf al-Qodra, porta-voz do Ministério da Saúde na cidade de Gaza, segundo a AFP.

A sua morte eleva para 12 o número de palestinianos mortos desde 6 de dezembro, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, uma decisão que provocou manifestações nos territórios palestinos.

Dez manifestantes morreram em confrontos com as forças israelitas, incluindo duas na sexta-feira. Dois outros foram mortos durante um ataque aéreo israelita no início de dezembro.

No dia em que Mohammed Al Dad foi ferido, mais quatro palestinos foram mortos durante os protestos, incluindo Ibrahim Abou Thouraya, que perdeu as pernas durante um ataque israelita na Faixa de Gaza em 2008 e que morreu com uma bala na cabeça disparada por um atirador, segundo o Ministério da Saúde.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, disse nesta semana que ficou “chocado” com a morte de Abou Thouraya, que estava em cadeira de rodas, e pediu uma “investigação imparcial e independente”.

O exército israelita disse que, de acordo com uma investigação preliminar, era “impossível determinar se Abu Thuraya tinha sido atingido durante o motim ou qual a causa da sua morte”.