O opositor chinês, de 53 anos, morreu a 30 de março de complicações relacionadas com a diabetes, disse ao telefone a viúva, Xian Gui'e, a partir da sua residência no estado de Indiana, no centro dos Estados Unidos.

"Yu Zhijian nunca se arrependeu do que fez em 1989, mas queria pedir desculpas à família de Mao por atirar ovos contra o retrato", disse à agência noticiosa France Presse (AFP).

Yu Zhijian passou quase 12 anos na prisão por ter atirado ovos, a 23 maio de 1989, contra o retrato do ditador comunista exposto na imensa praça, no coração de Pequim.

Após a repressão sangrenta das manifestações, a 04 de junho de 1989, Yu Zhijian foi condenado a prisão perpétua, mas acabou por ser libertado por bom comportamento em setembro de 2000.

Xian disse que ela e o marido tinham obtido cidadania norte-americana e que nunca tentaram regressar à China.

Além de Yu Zhijian, Yu Dongyue e Lu Decheng foram também condenados, a penas que oscilaram entre a prisão perpétua e 16 anos de prisão, por terem manchado com garrafas e ovos cheios de tinta o retrato do antigo líder chinês Mao Zedong durante os protestos de maio.

O retrato manchado foi substituído por outro idêntico, que continua pendurado à entrada da Cidade Proibida, contígua à Praça de Tiananmen.