Nascido em 1938, em Tuías, uma aldeia de Marco de Canaveses, Belmiro de Azevedo, de 79 anos, rosto do império Sonae, era um dos homens mais ricos do país.
Licenciado em engenharia química, destacou-se sobretudo pelo seu papel de gestor.
Começou a carreira na Efanor, que viria a tornar-se a sua holding pessoal, passando de seguida para a Sonae, que começou a liderar em 1974.
O primeiro dia como trabalhador do grupo ocorreu a 02 de janeiro de 1965, quando a Sonae era ainda liderada por Pinto Magalhães. Anos depois, viria a assumir a posição de sócio maioritário. Após a morte de Afonso Pinto de Magalhães, assumiu o controlo da empresa.
Foi sobre a sua liderança que o império cresceu, estendendo-se às mais diversas áreas, do negócio da madeira, aos hipermercados, passando pela comunicação, com a Rádio Nova (1989) e o jornal Público (1990). O filho Paulo de Azevedo substituiu o pai na liderança do grupo em 2015.
“Agora, 50 anos depois, as sementes estão lançadas – as sementes dos negócios, da cultura, da identidade e dos valores”, referiu Belmiro de Azevedo no discurso proferido em março desse ano, altura em que foi confirmado o seu afastamento da presidência do conselho de administração do grupo Sonae.
A Efanor, ‘holding’ pessoal de Belmiro de Azevedo, detém a maioria do capital da Sonae, Sonae Capital e Sonae Indústria.
Belmiro de Azevedo recebeu, em 2006, pelas mãos de Jorge Sampaio, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
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