Serra morreu em casa, no estado de Nova Iorque, vítima de pneumonia, disse o diário norte-americano, que citou o advogado do artista.
Richard Serra produziu obras maciças e arredondadas, mas de aspeto minimalista, explorando o espaço e o ambiente, que estão expostas em todo o mundo, dos principais museus norte-americanos até ao deserto do Qatar.
Nascido em São Francisco, filho de uma mãe judia russa e de um pai espanhol, estagiou em Paris antes de se instalar em Nova Iorque, nos anos de 1960, onde a efervescência artística estava ao rubro.
No final da década, publicou um manifesto e, em seguida, apresentou uma obra seminal, “One ton prop (House of cards)”, quatro placas de chumbo de 122×122 centímetros equilibradas pelo próprio peso, como um castelo de cartas.
Passou depois para grandes placas de aço castanho alaranjado enferrujado, expostas em Nova Iorque, Washington, Bilbau e Paris.
Em 2014, chegou mesmo a plantar torres escuras na areia do Qatar, a 70 quilómetros de Doha.
“Quando se veem as minhas peças, não se fica com um objeto. Fica-se com uma experiência, uma passagem”, afirmou Serra, em 2004.
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