Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.
Acionista maioritário do grupo Semapa, proprietário da Navigator, mas também da cimenteira Secil e de negócios na área do ambiente e da energia.
O Expresso recorda a sua última entrevista ao semanário, em 6 de fevereiro de 2016, na qual deixou no ar a ameaça de cancelar os investimentos que tinha previsto para Portugal, na sequência da decisão do Governo de travar a expansão da área de eucalipto no país, no âmbito do acordo alcançado com o Partido Ecologista os Verdes.
Investir em Portugal? "Temos de pensar duas vezes e enchermo-nos de coragem" era o título dessa entrevista, publicada por ocasião da mudança de nome e imagem da Portucel, empresa do grupo empresarial que liderava, e que passou então a chamar-se The Navigator Company.
Tentou controlar a Cimpor, chegou a lançar uma oferta pública de aquisição sobre a cimenteira, em conjunto com a suíça Holcim, mas acabou por ver a Cimpor entregue ao bloco Teixeira Duarte, BCP e Lafarge.
Tinha uma ligação histórica ao Grupo Espírito Santo, do qual era acionista, mas o caso Cimpor acabou por marcar uma rutura com Ricardo Salgado, a quem chegou a acusar de traição. O Expresso lembra ainda que "a guerra com Salgado foi determinante para o colapso do Grupo Espírito Santo".
No perfil traçado em maio deste ano pelo Jornal de Negócios, Pedro Queiroz Pereira - ou PQP como era conhecido - é descrito como "o grande industrial português". Só a Navigator, recordava o jornal, investiu nos últimos 15 anos mais de 1,3 mil milhões de euros em Portugal. "Costuma dizer aos mais próximos que com o dinheiro que ganha podia comprar um palácio no sul de França. Mas Pedro Queiroz Pereira não gosta de palácios nem do sul de França. Prefere investir e inaugurar novas fábricas. E é o que tem feito, quase a uma média de uma por ano".
Pedro Queiroz Pereira nasceu em Lisboa em 1949 e frequentou o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa. Foi piloto de competição até assumir a liderança do grupo industrial familiar.
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