Jesús Martínez, de 36 anos, morreu num hospital de Barcelona, no estado de Anzoátegui, na Venezuela, devido a um problema cardíaco, associado a complicações por sofrer de diabetes tipo II.

Martínez era militante do partido Vente Venezuela, liderado pela opositora de Maduro, María Corina Machado, que denuncia fraude na proclamação do presidente e assegura que o seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições de 28 de julho.

"Um crime a mais de Maduro e o seu regime", escreveu Machado na rede social X. "Morreu nas mãos deles, morreu pelas condições desumanas em que foi mantido em cativeiro. Levaram Jesús por exercer o seu direito e dever como cidadão", acrescentou.

Martínez foi detido a 29 de julho, poucas horas após a contestada proclamação de Maduro, que a oposição e diversos países do mundo não reconheceram até então, gerando protestos severamente reprimidos.

O militante fazia parte do grupo de testemunhas que a oposição organizou para monitorar os votos e a sua prisão foi considerada política.

Jesús Martínez foi detido "sem ordens de busca e apreensão e sem motivo algum", relatou Machado. "Transferiram-no para celas desumanas em Anzoátegui, onde foi maltratado e mantido em condições de higiene tão precárias que desenvolveu necrose em ambas as pernas".