O responsável da Polícia Judiciária esclareceu que a morte do jovem cabo-verdiano “não se trata de um crime entre nacionais de um país ou de outro. Trata-se de um crime cometido por gente violenta, num determinado contexto”.

“Na base dos factos estão questões de motivos fúteis, questões que ocorreram depois de uma desavença num espaço lúdico e que deve desenvolvimentos no exterior”, acrescentou.

Luís Neves fez questão de sublinhar que o caso "extravasou" a investigação criminal e que gerou “algum alarme social”. Referiu ainda que “algumas das notícias que foram veiculadas não têm qualquer consistência”.

Os "cinco detidos estão indiciados por homicídio qualificado”, adiantou ainda.

O dirigente deixou, por fim, uma "palavra de conforto" à comunidade cabo-verdiana na região: "Povo amigo e bem-vindo". "Bragança e o nosso país são terras de grande acolhimento, de grande irmandade", ressalvou.

Esta manhã a Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, revelou em comunicado no seu site, que após diligências da investigação "que vem realizando desde o conhecimento da morte", procedeu esta quinta-feira "a buscas domiciliárias, inquirições e interrogatórios de várias pessoas, suspeitas de estarem envolvidas nos acontecimentos que determinaram a morte daquele jovem".

Na sequência desta ação operacional, explica a PJ, "foram detidos cinco homens, com idades entre os 22 e os 35 anos". Na operação, que envolveu "investigadores e peritos", foram "apreendidos elementos probatórios relevantes".

Os detidos vão ser presentes às Autoridades Judiciárias competentes, para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação, tidas por adequadas.

O jovem de 21 anos Giovani Rodrigues morreu a 31 de dezembro no Hospital de Santo António, no Porto, para onde foi transferido de Bragança, onde na madrugada de 21 de dezembro foi encontrado caído na rua depois de uma rixa num bar que envolveu um amigo do grupo com quem saiu naquela noite.

[Notícia corrigida às 14h21. No primeiro parágrafo onde se lia "racional" deve ler-se agora "racial"]