“Consiste em listas de documentos escritos, guardados maioritariamente em arquivos nacionais, que acabaram de ser disponibilizadas no sítio ‘web’ do Mosteiro da Batalha, sob a forma de ficheiros em formato PDF”, explicou hoje à agência Lusa Pedro Redol, conservador no Mosteiro da Batalha.
Segundo Pedro Redol, “estas listas contêm as coordenadas espaciotemporais de cada documento, um resumo do seu conteúdo, a cota do arquivo em que se guarda, indicação de transcrições, no caso de existirem – e existem muitas -, e hiperligação para a digitalização do documento, sempre que o arquivo a tenha disponibilizado ‘online'”.
Aquele responsável adiantou que por resultar de um levantamento exaustivo, feito previamente, “este tipo de informação permite fazer uma ideia rápida da documentação que existe, bem como do seu conteúdo, sem ter que se ler cada documento integralmente”.
“A leitura de documentos medievais e pós-medievais requer consideráveis conhecimentos de paleografia, o que nem todos os potenciais leitores da documentação, incluindo vários historiadores, possuem”, realçou.
Por isso, “as listas também fornecem indicações sobre a publicação de boas transcrições de muitos dos documentos, o que os torna acessíveis a todos”, adiantou, referindo que existem, para o século XV, cerca de 170 registos de documentação relativa ao monumento.
Pedro Redol afirmou que quem desejar ler diretamente o documento disponibilizado na internet, onde também há muitos, “pode fazê-lo através dos ‘links’ incluídos nas listas”.
“Resumindo, estas listas, tal como as de fontes e bibliografia relativas ao mosteiro e à vila da Batalha, anteriormente publicadas e constantemente atualizadas, no mesmo sítio ‘web’, resultam do trabalho do Centro de Informação e Documentação do Mosteiro da Batalha destinado a apoiar, em primeiro lugar, os investigadores de história” do monumento e da sua época, “qualquer que seja a perspetiva que adotem, socioeconómica, cultural, política, religiosa, artística, da sua salvaguarda e conservação, ou outra”, referiu.
Pedro Redol esclareceu que este trabalho “começou em setembro de 2020, com a chegada da voluntária Maria de Lurdes Pereira”, tradutora de profissão, aos serviços do Mosteiro da Batalha.
“Seguir-se-ão os séculos XVI a XIX, que desejamos disponibilizar século a século”, acrescentou.
A informação está acessível em http://www.mosteirobatalha.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=292&identificador=.
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.
O monumento é Património Mundial da UNESCO — Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura Mundial.
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