Paulo Mota Pinto assumiu estas posições em declarações à agência Lusa, depois de o líder da distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, ter contestado a marcação do Conselho Nacional extraordinário para meio da tarde de um dia de semana, tendo ainda pedido ao presidente deste órgão que clarifique se a moção de confiança à direção de Rui Rio "será sujeita a voto secreto" ou por braço no ar.

Interrogado sobre a forma de votação da moção de confiança - por voto secreto ou por braço no ar - e, igualmente, sobre a hora marcada para o início da reunião, 17:00 de quinta-feira, Paulo Mota Pinto respondeu: "Não me pronuncio sobre a condução dos trabalhos, a não ser perante os conselheiros nacionais, em reunião".

"Mas expectativa é que a votação só ocorra ao fim de algumas horas de reunião, quando estiverem esgotadas as intervenções", justificou o antigo vice-presidente do PSD sob a liderança de Manuela Ferreira Leite.

Questionado pela agência Lusa sobre o motivo de se ter marcado para a próxima quinta-feira, no Porto, a reunião extraordinária do Conselho Nacional do PSD, o presidente deste órgão começou por salientar que, se fosse marcada para o fim de semana, tal, "coincidiria com o Congresso do PSD/Madeira e, muito provavelmente, inviabilizaria a presença dos conselheiros nacionais" eleitos por esta região autónoma.

Por outro lado, do ponto de vista político, Paulo Mota Pinto frisou que "se deseja uma clarificação o mais rápida possível" em relação à atual situação interna do partido.

Ainda no que respeita à questão sobre a hora para o início da reunião, as 17:00, quando, habitualmente, em dias da semana, estes conselhos nacionais apenas começam após o jantar, Paulo Mota Pinto respondeu que o objetivo cimeiro foi proporcionar a possibilidade de "o maior número de conselheiros nacionais poder falar com as menores restrições de tempo possíveis".

"São 136 membros no total, aos quais se junta um aproximado número de participantes. Se, por exemplo, 90 pessoas usarem da palavra, atingimos rapidamente as sete ou oito horas de reunião, o que torna claro que esta reunião não pode começar só à noite. Queremos que todos os presentes possam falar com as menores restrições de tempo possíveis", insistiu Paulo Mota Pinto.