À saída da primeira reunião, começou pelas 12:00, o porta-voz da Antram - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, André Matias de Almeida, disse à Lusa que não iria prestar declarações.

Já de tarde, o advogado Pedro Pardal Henriques, que representa o SNMMP, remeteu declarações sobre o conteúdo das negociações para mais tarde, mostrando-se "preocupado" por o Governo se ter reunido com a Antram sem a presença do sindicato, mas afirmou que iria dar "o benefício da dúvida".

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que chegou já depois das 16:00 ao ministério, também não prestou declarações, desabafando apenas que "a telenovela já acabou", escusando-se a adiantar detalhes sobre ao que se referia.

Na segunda-feira, o Governo aprovou o fim da crise energética, voltando Portugal à situação de normalidade às 00:00 de hoje.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) desvinculou-se da greve ao quarto dia, na quinta-feira à noite, e vai regressar às negociações com o patronato em 12 de setembro.

Na segunda-feira, o SNMMP afirmou, em comunicado, que a greve terminou sem ter produzido “ainda” os resultados pretendidos e considerou que, apesar dos avanços alcançados, “as bases” para a negociação “ainda estão longe” do necessário.

“O Governo anunciou estar aberto o caminho para uma nova ronda negocial, à qual não vamos virar costas”, disse o SNMMP, no documento, considerando que “ficou claro” que o ponto de partida da mediação encontra-se “acima” daquele que se verificava antes da greve.

Por sua vez, a Antram congratulou-se, no domingo, com a desconvocação da greve e manifestou-se disponível para ouvir as "reivindicações legítimas" do SNMMP, mas dentro do suportável pelas empresas de transporte.

Em declarações à CMTV, o porta-voz da Antram, André Matias de Almeida, frisou que as empresas "não podem aceitar aumentos" salariais que possam representar "despedimentos coletivos em massa" ou o "fecho das empresas".