“A situação em França é muito difícil para os mais pobres”, disse um dos manifestantes à Bloomberg, vincando que os protestos são contra a falta de respostas à subida da inflação, mas também contra a falta de aplicação do Artigo 49.3, relacionado com a reforma laboral.

“Os mais pobres estão com muitas dificuldades, não conseguem pagar os tratamentos de saúde, as contas da eletricidade e comida, e ao mesmo tempo, há um grupo de exploradores que leva tudo, e o Estado está a protegê-los”, acrescentou este manifestante.

Os “coletes amarelos” percorreram várias ruas de Paris, no mesmo dia em que houve outro grande protesto de manifestantes que se deslocaram de toda a Europa para homenagear três ativistas curdos assassinados há 10 anos na capital francesa.

O movimento antigovernamental “coletes amarelos” nasceu em 2018 em protesto contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, mas rapidamente evoluiu para um protesto geral contra a injustiça económica, que resultou em manifestações semanais, por vezes violentas.

O movimento, cujos protagonistas passaram à condição de comentadores em canais informativos e conhecidos na rua, foi enfraquecido por quezílias internas.