A posição foi hoje manifestada pelo secretário-geral do MPLA, António Paulo Cassoma, na VI reunião Metodológica do Departamento para a Política de Quadros, que hoje se realizou em Luanda, com o tema “O MPLA e os Desafios das Eleições Autárquicas”.
Segundo Paulo Cassoma, o encontro refletiu sobre os ajustes a serem feitos à estratégia do MPLA para a política de quadros, os novos instrumentos de gestão dos quadros do partido, o Plano Nacional de Formação dos dirigentes e trabalhadores do partido e a importância e promoção à formação política e ideológica dos seus quadros.
António Paulo Cassoma disse que a institucionalização das autarquias, as primeiras a realizarem-se no país em 2020, “constitui um grande desafio” que certamente vai introduzir uma nova dinâmica na maneira do MPLA fazer política.
O dirigente do partido no poder em Angola, desde 1975, referiu que o MPLA tem responsabilidades acrescidas na direção e condução dos destinos do país, porque é a força política dirigente do sistema político angolano.
O secretário-geral da maior força política angolana salientou que o MPLA defende que os titulares de cargos de responsabilidade política devem ser os primeiros detentores de atitudes que “dignificam o bom nome do partido”.
“Devem ser quadros de referência social e moral, para que possam influenciar, positivamente, os cidadãos, em particular a juventude”, frisou.
“Queremos quadros competentes, com elevada consciência patriótica e convicção política, alinhados com os princípios e valores do MPLA na sua orientação ideológica, assente no socialismo democrático”, acrescentando que este deve ser o perfil em todos os escalões dos quadros do partido.
O político, pedindo mais trabalho “para cultivar e inculcar essas qualidades” aos quadros do partido, sublinhou que os quer dirigentes quer quadros “devem ser os mais conscientes, os melhores intérpretes da linha política do partido e defensores do seu programa e dos seus estatutos”.
“O MPLA tem consciência que a construção do partido e o desenvolvimento harmonioso da sua ordem organizativa depende da qualidade dos seus quadros e do seu grau de comprometimento com a causa do partido e do povo angolano”, referiu.
De acordo com António Paulo Cassoma, o relançamento da Escola Nacional do partido deve ser uma prioridade do trabalho ideológico, “que vai certamente impactar positivamente” na forma de pensar e agir dos seus quadros.
“O MPLA continuará de forma ativa a dinamizar o controlo e o monitoramento dos seus quadros, avaliar o seu desempenho, a atualizar-se e a consolidar a sua reserva de quadros, incluindo os potenciais candidatos a autarcas e a promover o estudo político, mediante a programação e realização de cursos, de curta duração, eventos de formação política e a revitalizar os círculos de estudos nos comités de ação do partido”, disse.
Angola vai realizar, em 2020, as suas primeiras eleições autárquicas, estando o processo de preparação das mesmas em curso, com a realização de debates públicos para a recolha de contributos, que visam melhorar o pacote de proposta legislativa sobre a sua organização.
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