Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a 15 de fevereiro de 2016, Sónia Lima, acompanhada das duas filhas, saiu da casa dos seus pais, na Amadora, onde tinham passado o fim de semana.

Após o almoço, e até cerca das 20:00, “deambulou por várias localidades da Área Metropolitana de Lisboa” com as filhas, de carro e, a partir das 15:00, ficou incontactável.

“Cerca das 20:00, quando circulava na Avenida Marginal, no sentido Oeiras/Lisboa, a arguida imobilizou o seu veículo no parque de estacionamento junto ao Forte da Giribita”, relata o despacho de acusação.

De seguida, lê-se, Sónia Lima saiu com as filhas do carro, dirigiu-se às escadas existentes junto ao forte e desceu até às rochas.

“Entrou com as filhas no mar, o que fez com o propósito de lhes vir a tirar a vida. A arguida largou então a filha Viviane (à data com 19 meses), a qual, devido à sua tenra idade, à corrente e à ondulação, foi de imediato submersa”, descreve a acusação.

Apesar de se ter “agarrado inicialmente à arguida e de ter tentado manter-se à tona de água, passado um curto período de tempo”, Samira Ramos acabou também por submergir.

O corpo da criança de 19 meses foi encontrado no dia do desaparecimento, enquanto o da sua irmã esteve desaparecido durante sete dias, até que foi encontrado na praia de Caxias, em Oeiras.

Para o MP, a arguida agiu “livre, deliberada e conscientemente, com o propósito concretizado de tirar a vida às suas filhas”.

Na primeira audiência de julgamento, Sónia Lima rejeitou a acusação e explicou que tinha levado as filhas para urinar nas rochas da praia.

A leitura do acórdão está marcada para hoje as 13:45.

(Notícia alterada às 15h09: Alterado título)

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