Em comunicado, aquela força policial revela que o "proprietário do estabelecimento de restauração incorre numa coima cujo montante varia entre dois mil e os 20 mil euros".
"Na sequência do levantamento do auto por contraordenação ao proprietário do Restaurante LAPO, por incumprimento da suspensão do estabelecimento de restauração determinado pelo Estado de Emergência decretado no passado dia 14 de Janeiro, a PSP notificou, no dia de ontem, aquele responsável para, querendo, exercer o seu direito de defesa ou optar pelo pagamento voluntário da coima", lê-se ainda na nota enviada pela autoridade às redações.
O restaurante Lapo, em Lisboa, recusou-se a fechar portas devido ao confinamento geral que vigora desde 14 de janeiro.
De recordar que no âmbito do Estado de Emergência em vigor, prevê-se que os estabelecimentos de restauração e similares funcionem exclusivamente para entrega ao domicílio ou em regime de take-away.
No entanto, num manifesto publicado à porta do restaurante, e em que justificavam a decisão de continuarem a trabalhar, os sócios-gerentes do espaço lisboeta defendiam que "a defesa da saúde pública não deve nem pode tornar-se um álibi para um atentado contra a vida e a liberdade do povo português".
"Nós, António Guerreiro e Bruna Guerreiro, sócios-gerentes da empresa Atelier Lapo Lda., decidimos manter o restaurante Lapo aberto, invocando o artigo 21.º da Constituição da República Portuguesa - Direito de Resistência", anunciaram num manifesto também divulgado nas redes sociais.
Já no dia 28 de janeiro, os proprietários do restaurante organizaram um protesto após recusarem fechar o estabelecimento.
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