“Compreendo que os partidos levem para o debate o que querem e compreendo que o PSD, que está em campanha interna, eventualmente tenha dificuldades em falar do país e tenha decidido criar um caso”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas, no final de uma sessão em que falou sobre igualdade de género a alunos do 12.º ano da Escola Secundária Augusto César da Silva Ferreira, em Rio Maior (distrito de Santarém). “Este é um não assunto em que se têm encontrado várias variações para não falar do mesmo não assunto”, afirmou, sublinhando que não cabe ao Bloco de Esquerda “comentar os casos que a direita quer criar”.
Na mesma linha, em declarações à SIC, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "até ao momento em que tiver de exercer o meu poder constitucional o tema não existe. O PR não se debruçará sobre o assunto um minuto, nem sobre ele dirá o que quer que seja.
Em entrevista à TSF na terça-feira, a ministra Justiça, Francisca Van Dunem, afirmou que, na sua análise jurídica, "há um mandato longo e um mandato único" da PGR, dando a entender que Joana Marques Vidal deixará o cargo em outubro.
No debate quinzenal, no parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o Governo ainda não tomou qualquer decisão sobre o futuro da PGR, mas admitiu concordar com a opinião da ministra da Justiça de que se trata de um mandato único.
De acordo com a Constituição da República, "o mandato do Procurador-Geral da República tem a duração de seis anos, sem prejuízo do disposto na alínea m) do artigo 133.º", um artigo apenas relacionado com a competência da nomeação.
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