"Os enfermeiros e as enfermeiras deste país são muito melhores do que a sua bastonária ou do que declarações irresponsáveis de alguns dos seus dirigentes. São do melhor que o país tem, são o melhor que Serviço Nacional de Saúde tem. E os utentes sabem que é com eles à sua cabeceira que contam todos os dias", disse Catarina Martins no debate quinzenal de hoje.

Na resposta, o primeiro-ministro garantiu que "o Governo tem tido um extremo cuidado em não confundir os enfermeiros com aquilo que é a atuação da sua Ordem e em particular da sua bastonária", fazendo questão de deixar "um pouco de memória sobre as reposições e avanços que estes profissionais tiveram em três anos.

"Não nos peçam para fazer o impossível porque de facto o impossível, isso, nós não fazemos. E essa ideia de que de repente tudo é possível, já e ao mesmo tempo, é uma ideia completamente errada, altamente perniciosa", avisou Costa.

O chefe do executivo referia-se às exigências sobre a base salarial no início da carreira dos enfermeiros.

"Tem agora como base de entrada os 1.200 euros, a reivindicação é que o ponto de entrada passe a ser os 1.600 euros, isso senhora deputada, com toda a franqueza, o país não tem condições, não é justo para outras carreiras paralelas em que estas condições não existem", contrapôs.

Para Costa, "sendo obviamente legítimo a qualquer ser humano ter a ambição de ganhar melhor, é também o dever de qualquer governante saber medir o que é justo e o que é injusto e quais são as condições de prosseguir o avanço".