Fazendo um ponto de situação quanto ao estado de saúde de Noah, a criança de dois anos e meio que esteve desaparecida desde quarta-feira, Maria Eugénia André, diretora clínica do Hospital de Castelo Branco, disse aos jornalistas no local que o menino se encontra "estável" mas vai manter-se internado.

“Está estável. Quando entrou estava sonolento mas consciente. Está hemodinamicamente estável, com pressões arteriais aceitáveis. Iniciou soros, falou com os pais e está fora de perigo", disse a responsável, adiantando que se encontra "a dormir".

No entanto, tendo chegado a este hospital desidratado e com escoriações "no abdómen, no dorso e nos pés", a Noah "não terá alta" hoje porque "interessa que fique totalmente estabilizado e com a nutrição bem estabelecida".

Maria Eugénia André confessou-se surpreendida por Noah ter chegado ao hospital sem problemas de saúde de maior, e celebrou o facto de ter sido encontrado a tempo de evitar passar um dia de chuva sozinho, já que podia ter sofrido "hipotermia ou condições de saúde mais graves" caso se tivesse permanecido sozinho na zona onde foi encontrado sozinho.

A responsável realçou que a criança dormiu durante toda a noite "tranquilamente" e alimentou-se bem, o que "é importante, porque as coisas quando têm outros contornos as crianças reagem", sugerindo que o estado de saúde mental de Noah também não terá sido alterado.

A diretora clínica disse que ontem estiveram no hospital pessoas para fazer acompanhamento psicológico, assim como assistentes sociais que trataram dos trâmites legais com os pais. Foi ainda referido que os pais também receberam apoio, sendo que o pai dava sinais de muito cansaço.

A criança terá desaparecido na quarta-feira da casa dos pais, situada a cerca de 1,5 quilómetros do núcleo central da localidade de Proença-a-Velha, concelho de Idanha-a-Nova, e esteve desaparecida durante mais de 30 horas.

Depois de uma operação de busca em larga escala, o menino foi encontrado hoje, pouco antes das 20:00, num "setor de busca que foi alargado", a quatro quilómetros de casa em linha reta, ainda na zona de Proença-a-Velha, mas muito próximo da povoação de Medelim.

"Existe a possibilidade de ter percorrido uma distância de 10 quilómetros", disse o responsável das operações de busca, numa declaração aos jornalistas.

As buscas foram iniciadas ainda na manhã de quarta-feira e os meios foram sendo reforçados, sendo que, durante a tarde de hoje, chegaram a envolver centena e meia de elementos. O perímetro de ação também aumentou dos cinco para os 20 quilómetros, permitindo que a criança fosse encontrada.

Nas operações participaram militares da GNR, bombeiros, proteção civil municipal, sapadores florestais e voluntários, com apoio de equipas cinotécnicas, drones e mergulhadores, que estão a vistoriar poços e linhas de água. Dezenas de voluntários, muitos deles estrangeiros, também participaram nas buscas e a PJ da Guarda também teve equipas no local.

Em declarações à Lusa, ao início da noite, o coordenador daquela unidade policial, José Monteiro, explicou que o menino "foi encontrado com vida, num desaparecimento que deverá ser considerado espontâneo".

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