Depois de se tornar membro efetivo, a Finlândia passa a beneficiar do artigo 5.º da NATO. "Tanto a Finlândia como a Suécia têm participado como convidados nas reuniões e agora a Finlândia torna-se membro efetivo, e acredito que a Suécia ultrapasse todos os impasses internos para que possa juntar-se à Aliança", declarou Stoltenberg.
“Acreditamos que todos os encontros entre os três membros aliados [Finlândia, Suécia e Turquia] farão com que a Suécia se torne um membro efetivo”, disse.
"A Finlândia decidiu entrar na NATO depois da ameaça mais próxima de Vladimir Putin. Putin ameaçou todas as nações da Europa”, afirmou o líder da NATO. "Putin é perigoso", alertou.
"Estamos a monitorizar todos os passos da Rússia no que diz respeito às armas nucleares. Lembro que a NATO também é uma potência nuclear e juntos somos muito fortes", assegurou o secretário-geral, esta manhã, à entrada da reunião com os ministros dos negócios estrangeiros da Aliança.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se hoje no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir o apoio conjunto à Ucrânia, no mesmo dia em que a Finlândia se torna o 31.º aliado.
Na reunião de hoje e amanhã, "vamos preparar a cimeira em Vilnius que discutirá compromissos de investimento para garantir a nossa segurança. Vamos também reunir com os nossos parceiros no Japão, Coreia do Sul e Austrália", disse o secretário-geral, afirmando que tudo o que se passa naquela parte do mundo é muito importante para os Aliados.
"Vemos que a Rússia e a China estão a aproximar-se mais e a trabalhar cada vez mais juntos", declarou Stoltenberg.
A Rússia disse, esta manhã, estar pronta para reforçar a presença na fronteira com a Finlândia depois da adesão.
"Temos, já há muitos anos, visto que a Rússia está a colocar forças militares nas fronteiras com a Noruega e a Finlândia. Já o fez com países vizinhos como a Geórgia e agora a invasão da Ucrânia, no ano passado, que levou a Suécia e a Finlândia a aderir à NATO", declarou.
"Quando o presidente Putin demonstrou a vontade de invadir a Ucrânia, quis fechar a porta à NATO, quis que não houvesse mais adesões à NATO, mas conseguiu o oposto. Estamos constantemente a avaliar a nossa força, a nossa presença", sublinhou Stoltenberg adiantando que, para já, não serão colocadas forças da NATO na Finlândia, a não ser que o país solicite e acrescentou que “a adesão da Finlândia é muito importante para a defesa do Ártico e do Báltico”.
Na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou que a partir de hoje a Finlândia torna-se o mais recente Estado-membro da Aliança Atlântica, pelo que o chefe da diplomacia de Helsínquia também vai participar na reunião.
Durante a tarde de hoje, haverá uma cerimónia para içar a bandeira do 31.º membro da Aliança Atlântica, onde se juntará, João Gomes Cravinho que vai participar na reunião em representação de Portugal.
*com Lusa
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