O presidente venezuelano voltou a decretar, no final da semana passada, que as celebrações natalícias na começassem em novembro.

Adianta o espanhol El País que, esta sexta-feira, 1 de novembro, Maduro terá acendido uma cruz no monte Ávila de Caracas, que há mais de 50 anos é acesa a 1 de dezembro e iluminou com luzes amarelas, azuis e vermelhas, as cores da bandeira venezuelana, o Hotel Humboldt – um luxuoso edifício no topo da montanha de Caracas que só é usado pelo executivo chavista.

Para além do pagamento antecipado dos subsídios de Natal, Maduro anunciou ainda a compra de 13.500 toneladas de pernil, no valor de 11 milhões de euros. “Vou aprová-los imediatamente para garantir ao povo em dezembro os seus pernis (...) Aprovado para avançar!”, reiterou Maduro, reconhecendo que noutros anos a mercadoria não chegou a tempo da ceia de Natal ou foi insuficiente.

Recorde-se em 2017 Maduro acusou Portugal de ter “sabotado” o Natal aos venezuelanos por não entregue o produto a tempo (veio, depois, a saber-se que o não fornecimento se deveu a pagamentos em atraso).

“Ninguém nos irá tirar a alegria e a paz. Ninguém nos irá tirar a determinação de manter a paz. Serão dois meses de alegria para as crianças. Em 2020 vamos florescer, e não é porque me chamo Cilia Flores, é sim porque temos um povo e um presidente firme para dar felicidade a todos os lares”, disse a esposa do líder chavista no anúncio de abertura das festividades.

“Serão dois meses de festa, de bailes, de canções de Natal e de uma profunda espiritualidade. Viva a Alegria e a União da Venezuela!”, acrescentou Maduro no Twitter.

A exuberância das celebrações contrasta com um país desolado por uma grave crise económica, mergulhado numa hiperinflação que dura há 24 meses, assolado pela tensão política e pelo êxodo de mais de quatro milhões de venezuelanos.