Os sete russos, identificados como membros dos serviços secretos russos FSB, são punidos com proibições de viajar e congelamento de bens, medidas tomadas em conjunto com os “aliados norte-americanos”, indica o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico num comunicado.

O Reino Unido já tinha decretado sanções relacionadas com o envenenamento de Navalny em outubro de 2020, contra seis responsáveis, incluindo o diretor do FSB, Alexandre Bortnikov, e Serguei Kirienko, vice-chefe de gabinete da administração presidencial da Rússia.

Londres considera que os indivíduos punidos desta vez “são diretamente responsáveis pela preparação ou execução do ataque contra Navalny em Tomsk, a 20 de agosto de 2020”.

Três deles, os alegados agentes do FSB Alexeï Alexandrov, Vladimir Panyaev e Ivan Vladimirovich Ossipov, estavam em Tomsk na altura do envenenamento do opositor russo.

Envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novichok, substância desenvolvida pelos militares soviéticos, Alexei Navalny esteve dois dias em coma num hospital na Sibéria antes de ser transferido para Berlim onde foi tratado. O opositor de 45 anos está preso na Rússia, desde que regressou ao país em janeiro de 2021.

Numa declaração conjunta divulgada hoje, Londres e Washington “lamentam que as autoridades russas não tenham realizado uma investigação nem explicado de modo credível a utilização de uma arma química contra Navalny em território russo”.

Os dois aliados “exortam a Rússia a cumprir plenamente a Convenção sobre Armas Químicas, incluindo as obrigações de declarar e desmantelar o seu programa de armas químicas”.