"A última informação que temos do Governo de Malta é que o navio tinha 233 passageiros a bordo, 70 deles menores não acompanhados. As nacionalidades estão identificadas e são fundamentalmente Eritreia, Sudão, Mali, Togo as mais presentes no navio", adiantou Eduardo Cabrita aos jornalistas durante o briefing do Conselho de Ministros de hoje.
Segundo o ministro da Administração Interna, tal como os restantes países que vão participar solidariamente no processo de acolhimento com o Governo de Malta - país onde na quarta-feira atracou este barco - Portugal vai "enviar nos próximos dias uma equipa técnica do SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] a Malta".
Esta equipa, de acordo com Eduardo Cabrita, vai "tratar dos procedimentos necessários" para se definir quantos migrantes irá Portugal acolher.
"O que há é uma manifestação de abertura. Depende do número de países envolvidos. Não lhe posso dizer exatamente, neste momento, quantos e de que nacionalidades virão para Portugal", ressalvou.
Concretamente sobre a data de partida da equipa do SEF, o ministro disse apenas que "irá o mais depressa possível".
"O barco atracou ontem [quarta-feira],às 19:30, em Malta. Foi feita uma triagem médica a bordo, foram evacuadas algumas pessoas que necessitavam de ter imediatamente assistência hospitalar", detalhou, exemplificando assim que o Governo português está "em contacto quase permanente" com as autoridades de Malta.
Também a Noruega se juntou hoje aos oito países da União Europeia que manifestaram disponibilidade para acolher os 233 migrantes que desembarcaram na quarta-feira à noite em Malta depois de passarem seis dias no navio da Organização Não Governamental (ONG) alemã Lifeline.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro maltês, Joseh Muscat, na sua conta de Twitter, alargando para nove o número de países dispostos a receber uma quota de refugiados do Lifeline: Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Malta, França, Bélgica, Holanda e agora Noruega.
O país escandinavo não é membro da União Europeia, mas faz parte do Espaço Económico Europeu.
Comentários