“O voo Lisboa-Xi’an era o único voo direto atualmente em operação entre Portugal e a China e destinava-se sobretudo ao transporte de cidadãos chineses, dadas as restrições de entrada de cidadãos estrangeiros em território chinês”, afirmou Santos Silva, que está hoje em reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.
As autoridades chinesas anunciaram hoje a suspensão da ligação aérea entre Portugal e a China, por um período de duas semanas, após detetarem sete casos de covid-19, em 14 de maio, num voo oriundo de Lisboa.
Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi'an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passa a estar suspenso a partir de 31 de maio.
Segundo o ministério, Santos Silva “teve conhecimento da suspensão dos voos Lisboa-Xi’an por deteção de casos positivos após uma das viagens”.
No entanto, refere, “como não estão em causa cidadãos portugueses e todos os cidadãos que viajaram no voo em causa têm nacionalidade chinesa, não foi o ministério dos Negócios Estrangeiros informado em que momento é que estes passageiros testaram positivo depois de chegados a território chinês”.
De acordo com as autoridades chinesas, a ligação aérea poderá ser retomada “após o período de suspensão, com a frequência de um voo por semana”.
O país asiático, onde a covid-19 surgiu em dezembro, foi o primeiro a conter o surto, pelo que passou a temer um ressurgimento da doença através de casos oriundos do estrangeiro, sobretudo chineses que tentam regressar ao país.
As autoridades chinesas reduziram as ligações aéreas provindas de outros países no final de março do ano passado, à medida que o novo coronavírus se alastrava pelo mundo.
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